Este fim de semana tive um retiro em Fátima, organizado pelo colégio onde dou aulas (não sei se já se tinham apercebido, mas é um colégio católico). Isto implicou que eu tivesse de me levantar cedo no Sábado... até porque como cheguei a casa tarde na 6ª feira à noite, estava supercansada, foi cair na cama, nem fiz mala, nem nada... claro que deixei tudo para de manhã e como me custou imenso sair da cama, metade das coisas que queria levar ficaram cá... mas enfim, nada de absolutamente essencial e nada que duas amigas minhas do colégio, que eu tinha convencido a ir, não levassem.
Provavelmente, a esta hora estão vocês a pensar "mas que seca! um retiro!". Garanto-vos que foi porque nunca estiveram em nenhum de jeito. Participo em retiros desde os 15 anos e sempre gostei de todos. Uns mais do que doutros é certo, mas aprendi sempre alguma coisa. Este foi particularmente bom. Divertimo-nos bastante (ajuda ir com pessoas com quem se está à vontade e de quem se gosta) e como não participava em nenhum há já bastante tempo, soube-me mesmo bem. As dinâmicas de grupo foram engraçadas, os textos e as músicas adequados e serviu realmente para reflectir um bocadinho.
Ontem à tarde, tivémos uma visita guiada à nova Basílica. Confesso que sempre tive uma postura contra o dinheiro que se gastou, mas está realmente imponente. O crucifixo gigante cá fora é lindíssimo. Parece mesmo um farol a guiar um caminho. E o painel do interior?? Lindo, absolutamente lindo. Claro que a imagem de Jesus do interior da basílica tem levantado muita polémica, porque sai do padrão normal da imagem de Cristo a que estamos habituados, mas o guia teve a explicar que a escultora irlandesa que a fez, pretendeu reunir no mesmo indivíduo características das pessoas de todos os continentes, daí ser tão disforme. Eu, sinceramente, acho que o painel apaga qualquer sensação negativa daquela imagem.
À noite, fomos rezar o terço à capelinha das Aparições (isto é que estávamos cá uns beatos... a ideia de um programa fabuloso para o sábado à noite - que era o que me tinham vendido em Lisboa - daquela gente é um bocadinho diferente do meu.... ). De qualquer maneira, nunca tinha estado no recinto à noite. Confesso que fiquei fã. Nunca gostei particularmente de Fátima. Irrita-me sentir que é uma cidade que só tem e vive aquilo. Mas aquele espaço à noite... é muito agradável...sentimos uma calma, uma presença...um bom espaço de reflexão, sem dúvida! Acho que a partir de agora, só vou a Fátima ao final do dia!
Depois deste momento religioso, consegui convencer algum do pessoal e procurámos um barzinho para passar o resto da noite. Acabámos a ver o benfica e a rir às gargalhadas com as anedotas, umas mais spicy que outras, que uns colegas meus sabiam... é giro, esta convivência fora do colégio. Criam-se mais laços, também pelo facto de sermos um grupo pequeno. Nós, do colégio de Lisboa, éramos sem dúvida, o grupo mais divertido e animado do retiro. Os outros olhavam para nós com alguma "inveja" pela nossa boa disposição constante. Se queremos animação, também temos de fazer por isso!
Hoje tive de me levantar cedo outra vez... adormeci (o meu corpo sabe que ao domingo pode dormir até mais tarde, não ia lá com despertadores!!). Assim, eu, a Paula e a Susana acabámos por ser as últimas a chegar ao pequeno almoço.
A manhã correu bem, na missa enganei-me a ler a oração dos fiéis (grande barraca!! não sei por que é que me enervo sempre, já devia estar mais que habituada...), o que me deixou desconfortável o resto do dia (ainda estou... isto de ser perfeccionista e exigente comigo própria...).
Mas foi um fim de semana positivo. No final perguntaram o que tínhamos tirado deste encontro. Eu tirei uma nova força para enfrentar os desafios da minha vida e da minha profissão. Além de professora de Ciências Naturais/Biologia, dou catequese a cerca de 265 miúdos no colégio (hã, desta se calhar, não estavam vocês à espera... estão a ver, estou sempre a surpreender-vos!!) e tenho receio de não chegar a eles... Tirei muitas ideias, tirei esperança... Vim cheia de vontade de trabalhar, de por os miúdos a trabalhar.
Usando uma expressão que usámos lá muito este fim de semana: vamos ser como um semeador, a semente pode tardar a nascer, mas nasce.
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